quinta-feira, 10 de abril de 2014

" "


Óia, moreno, eu não devia lhe falar uma cousa dessas mas tô com saudades… Dei conta disso porque tava aqui comigo, solto em um milhão de pensamentos sem fazer nada de verdade e tocou uma música. Aí foi reconstruindo tudo na minha cabeça, não que seja uma coisa legal, mas as vezes acontece e BAM! Tu não consegue refrear a vontade. Pois bem, imaginei e quis estar ali de novo. You never looked so beautiful as you do now, my man. Me lembro de ter sussurrado isso pra você algumas vezes. Suspiro. Cê tava lá, ouvindo suas músicas, minha cabeça no seu colo, um cigarro atrás de outro, a fumaça do incenso, a fumaça do cigarro, a fumaça da sua pele. Minha mão te percorria inteiro, barriga, peito, pescoço, barba, cabelos, pelos. Uma mão na janela e outra no meu lado. Céu cinza, cidade cinza. I feel you touching me… Eu queria falar de muito o mais que eu adorava em estar ali, mas volta, pois eu volto a realidade. Isso já não é mais suportável, essa situação não é mais sustentável. E vai-se, assim como você se foi…

Anônimo  e presente 

Nenhum comentário:

Postar um comentário